1. Cloro
O tratamento com cloro é o tipo mais comum em nosso país. O produto químico tem diversas funções, pois limpa e desinfeta a água, eliminando bactérias, germes e outros micro-organismos nocivos à saúde. O cloro está disponível no mercado em três formas: pó granulado, pastilha e tablete. Por ser complementar a praticamente todos os outros tipos de tratamento, ele nunca deve ser descartado.
É eficaz na eliminação de germes, de baixo custo e compatível com a maior parte dos equipamentos para piscina. Entretanto, existem alguns contras: risco de ressecamento da pele (quando o tratamento é feito erroneamente) e curta duração (sendo necessário repetir o processo com certa frequência).
Você verá que a maioria dos tratamentos para piscina utiliza cloro como parte do processo. Ou seja, ainda que o componente principal da limpeza seja outro produto, a aplicação de cloro será necessária.
2. Ozônio
É um gás natural com poder bactericida, algicida, fungicida e virucida. Deve ser completado com cloro para ter máxima eficácia. É ainda compatível com qualquer tipo de piscina (fibra, vinil e azulejo) e de água (rede pública ou poço).
O ozônio não altera a alcalinidade ou pH da água, podendo ser associado a outros produtos químicos. Porém, pode oxidar o cloro e manchar o revestimento da piscina. Além disso, como precisa de um equipamento complexo — o ozonizador — e eletricidade para funcionar, esse tipo de tratamento tem um custo um pouco mais elevado que os demais. O ozonizador é instalado na rede de circulação da água, transformando oxigênio (O2) em Ozônio (O3) e transferindo o gás até a piscina.
Para realizar o processo acima, é necessário ter uma casa de máquinas grande. É preciso muito cuidado para não ocorrerem vazamentos, uma vez que o gás ozônio é tóxico (capaz de atacar proteínas e prejudicar o crescimento de vegetais).
3. Sal
Sim, estamos falando do sal que você conhece: o sal de cozinha, que é formado por um átomo de Sódio (Na) e um átomo de Cloro (CI). Quando inserido na piscina, o sal libera íons de cloro por meio de um equipamento de célula eletrolítica.
A principal desvantagem é o alto custo, pois precisa de manutenção constante, só funciona com energia elétrica e a sua tendência é aumentar o pH da piscina. Além disso, só gera cloro quando o filtro está ligado. No caso de uso intenso da piscina, é preciso complementar o tratamento com cloro.
É melhor ficar atento para não colocar sal em excesso, já que a água pode ficar salgada e, assim, não tem como retirá-lo. Por ser corrosivo, o produto pode danificar equipamentos.
4. Íon de cobre e prata
Esse tipo de tratamento usa uma tecnologia desenvolvida pela NASA. A ionização funciona a partir de um equipamento automático que emite a quantidade necessária de íons de cobre e prata na água para acabar com as algas e micro-organismos. O cobre tem função algicida, enquanto a prata elimina fungos, bactérias e vírus.
Os íons de cobre e prata não são oxidantes. Por isso, é necessário complementar o tratamento com cloro. Muitos tratadores relatam que, sem adição frequente de cloro, não é possível prevenir o aparecimento de algas. Portanto, dificilmente você conseguirá eliminar todas as bactéricas da água utilizando apenas o ionizador.
O tratamento ionizador é considerado mais lento que o tratamento tradicional que usa apenas cloro, porém tem a vantagem de ser mais seguro. Não deixa cheiro forte, além de ser ecologicamente correto.
5. Ultravioleta
O tratamento com raios ultravioleta funciona por meio de um aparelho de descontaminação da água, que é inserido na tubulação. Ele emite um raio de luz ultravioleta que atravessa a célula do microorganismo, penetrando a membrana celular externa, e rompendo o material genético. Assim, previne a sua reprodução, ou seja, não há adição de qualquer produto a água.
A tecnologia de tratamento com base em raios ultravioleta é um processo de esterilização, mas não elimina 100% a necessidade de produtos químicos, pode ser combinado com cloro mas é possível dispensá-lo. É simples, seguro, sem risco de superdosagem e bastante eficiente. Muito utilizado em limpeza de água industrial, e também uma das opções mais indicadas de como tratar água de piscinas públicas devido ao seu baixo custo de instalação.
Além todas as vantagens descritas, o tratamento de piscinas pelo método ultravioleta não é corrosivo aos equipamentos, não faz espuma, não tem cheiro, está livre de causar qualquer irritação ou alergia aos usuários da piscina e é menos agressivo ao meio ambiente.
Tratamento físico
Independente da maneira escolhida como tratar a água da piscina, cabe lembrar que o tratamento químico não exclui o tratamento físico. O tratamento físico é preventivo e se feito com frequência diminui gastos e esforços com o tratamento químico.
Abaixo um check list de como tratar a água da piscina fisicamente:
- É importante dar atenção a todo o circuito hidráulico: desde o filtro e a bomba até os drenos, coadeiras e skimmers, fazer limpeza e manutenção das peças;
- é fundamental fazer a remoção das sujeiras mais grosseiras, como folhas e insetos por exemplo, da superfície da água com peneiras, se possível diariamente;
- escovar as paredes e bordas da piscina com produto próprio para este fim uma esponja umedecida;
- fazer a aspiração do fundo removendo as impurezas menores e mais densas pelo menos uma vez na semana ou no caso de piscinas púbicas e coletivas a cada 72 horas;
- atente-se ao PH da água fazendo semanalmente uma checagem com uma fita teste;
- verifique a alcalinidade da água também com uma fita teste;
- quando não for usar a piscina cubra-a com uma tela protetora evitando assim que caia sujeiras e insetos.
Ainda existem outras opções, como o tratamento de choque, o tratamento clarificador e o tratamento contra metais pesados. Para tornar uma piscina cristalina e saudável, combatendo o máximo de problemas possível, você deve primeiro identificá-los. Depois, combinar tratamentos físicos e químicos. Respeite também as instruções do rótulo dos produtos e utilize as proporções adequadas.